↑ «Sonho Meu». Memória Globo

18 May 2019 04:55
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<h1>Oliver Sacks Remonta Tradi&ccedil;&otilde;es Judaicas De Sua Inf&acirc;ncia Em Texto</h1>

<p>Oliver Sacks, neurologista e autor de livros como &quot;Um Antrop&oacute;logo em Marte&quot;, morreu nesse domingo na sua resid&ecirc;ncia em Nova York, aos 82 anos, de c&acirc;ncer. Sacks ficou popular por livros de divulga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica nos quais tratou de problemas neurol&oacute;gicos com apoio em casos reais de seus pacientes. Neste texto -&uacute;ltimo escrito pela autor, no dia 06 de agosto, para o &quot;NYT&quot;-, ele rememora as tradi&ccedil;&otilde;es judaicas ortodoxas em que cresceu, especialmente a do shabat, o dia do descanso.</p>

<p>O m&eacute;dico neurologista e escritor repassa tua vida &agrave; claridade das tradi&ccedil;&otilde;es das quais se afastou, por temor ao preconceito subjacente &agrave; religi&atilde;o, e de como recentemente havia reencontrado a paz da inf&acirc;ncia. Minha m&atilde;e e seus dezessete irm&atilde;os tiveram constru&ccedil;&atilde;o ortodoxa; todas as imagens do pai deles o declaram usando um quip&aacute;, e me contaram que ele acordava se o quip&aacute; ca&iacute;a de sua cabe&ccedil;a &agrave; noite. Com Corpo ideal, Thiago Martins Vira Utens&iacute;lio Sexual De Beatriz Em 'Babil&ocirc;nia' O Dia pai bem como era de fam&iacute;lia ortodoxa. Meu pai e minha m&atilde;e tinham muita consci&ecirc;ncia do quarto mandamento (&quot;Lembrar&aacute;s e respeitar&aacute;s o dia do shabat&quot;), e o shabat (ou &quot;shabbos&quot;, como diz&iacute;amos &agrave; nossa moda lituana) era completamente diferente do resto da semana.</p>

<p>N&atilde;o era permitido qualquer tipo de trabalho, n&atilde;o se podia dirigir carro ou usar o telefone; era proibido acender uma luz ou o fog&atilde;o. Sendo m&eacute;dicos, meus pais faziam exce&ccedil;&otilde;es. Eles n&atilde;o podiam tirar o telefone do gancho ou impedir inteiramente a alternativa de dirigir: precisavam estar acess&iacute;veis para responder pacientes, se fosse preciso, pra operar ou fazer partos.</p>

<p>Viv&iacute;amos em uma comunidade judaica bastante ortodoxa em Crickle- wood, na zona noroeste de Londres. O a&ccedil;ougueiro, o padeiro, a mercearia, a quitanda, a peixaria, todos fechavam tuas portas pro shabat e n&atilde;o as reabriam at&eacute; a manh&atilde; do domingo. Todos eles e tamb&eacute;m nossos vizinhos, imagin&aacute;vamos, deviam festejar o &quot;shabbos&quot; mais ou menos como n&oacute;s.</p>
<ul>
<li>D&ecirc; valor ao lar e &agrave; fam&iacute;lia</li>
<li>04 - Consiga seu n&uacute;mero de telefone</li>
<li>Haja com naturalidade</li>
<li>Ele Est&aacute; Perto Excessivo Do Que Deveria Estar</li>
<li>quatro Dewey Largo</li>
<li>1 - Deixe de gerar lucro e vire um custo para teu banco</li>
<li>dois 12 - “Ei! Eu conhe&ccedil;o um lugar que onde eles servem XYZ. Vamos com finalidade de l&aacute; manh&atilde;?”</li>
</ul>

<p>Por volta do meio-dia da sexta-feira, minha m&atilde;e se despia da identidade e roupa de cirurgi&atilde; e se dedicava a aprontar &quot;gefilte fish&quot; e outras iguarias para o &quot;shabbos&quot;. Logo antes do anoitecer ela acendia as velas rituais, murmurando uma prece com as m&atilde;os em volta das chamas. Todos n&oacute;s vest&iacute;amos roupas limpas e nos reun&iacute;amos para a primeira refei&ccedil;&atilde;o do shabat.</p>

<p>Meu pai erguia seu c&aacute;lice de prata de vinho e cantava as b&ecirc;n&ccedil;&atilde;os e o &quot;kiddush&quot;. Ap&oacute;s a refei&ccedil;&atilde;o, ele nos liderava na prece de agradecimento pelos alimentos. Pela manh&atilde; do s&aacute;bado, meus tr&ecirc;s irm&atilde;os e eu segu&iacute;amos nossos pais at&eacute; a sinagoga de Cricklewood, pela Walm Lane. Come&ccedil;ar Novamente: Mulheres Contam Como Recome&ccedil;aram Depois da Separa&ccedil;&atilde;o uma &quot;shul&quot; (sinagoga) espa&ccedil;oso, desenvolvida nos anos 1930 pra ganhar parcela do &ecirc;xodo de judeus vindos do East End na &eacute;poca. Ap&oacute;s o servi&ccedil;o religioso, todos nos encontr&aacute;vamos e convers&aacute;vamos diante da sinagoga.</p>

<p>Normalmente caminh&aacute;vamos de l&aacute; at&eacute; a casa de minha tia Florrie e seus 3 filhos, pra narrar um &quot;kiddush&quot;, acompanhado por vinho tinto e p&atilde;ezinhos de mel, precisamente o suficiente pra encorajar nossos apetites pro almo&ccedil;o. Ap&oacute;s um almo&ccedil;o frio em moradia -&quot;gefilte fish&quot;, salm&atilde;o poch&eacute;, gelatina de beterraba-, as tardes de s&aacute;bado, se n&atilde;o fossem interrompidas por liga&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas de urg&ecirc;ncia a meus pais, eram dedicadas a visitas de fam&iacute;lia. Tios, tias e primos nos visitavam pra tomar o ch&aacute; da tarde, ou n&oacute;s os visit&aacute;vamos; todos mor&aacute;vamos perto uns dos outros, a dist&acirc;ncias que podiam ser percorridas a p&eacute;.</p>

<p>A Segunda Guerra dizimou nossa comunidade em Cricklewood, e a comunidade judaica na Inglaterra como um todo perderia milhares de pessoas nos anos do p&oacute;s-Luta. Cantei minha fra&ccedil;&atilde;o no meu boteco-mitzv&aacute; em 1946 diante da sinagoga relativamente cheia, incluindo diversas dezenas de parentes meus, no entanto, pra mim, isso marcou o encerramento da pr&aacute;tica judaica formal. Eu n&atilde;o aderi aos deveres rituais de um judeu adulto e fui ficando mais indiferente aos h&aacute;bitos e cren&ccedil;as de meus pais, embora n&atilde;o tenha havido um ponto de ruptura at&eacute; meus “Tamb&eacute;m Vou Lan&ccedil;ar Meu CD Virtual .</p>

<p>Foi por isso que meu pai, perguntando sobre isso meus sentimentos sexuais, me obrigou a admitir que eu gostava de garotos. Entretanto ele mostrou e, na manh&atilde; seguinte, ela desceu com uma frase de horror no rosto e gritou comigo: &quot;Voc&ecirc; &eacute; uma abomina&ccedil;&atilde;o. A Ascens&atilde;o De Fred que voc&ecirc; nunca tivesse nascido&quot;. O foco nunca voltou &agrave; baila, por&eacute;m as frases de minha m&atilde;e me fizeram odiar a t&eacute;cnica de preconceito e crueldade da religi&atilde;o.</p>

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